(4 de Fevereiro de 2009)
Eu acho que todos os homens deveriam passar pelo trauma da depilação ao menos uma vez na vida, assim entenderiam nosso drama. Bom meu primo resolveu fazer a barba com cera e a história é grande, mas vale a pena ser lida! Relato DELE, só mexi no português!!!! Mulheres divirtam-se!!!!!!!!!
“Tudo começou quando eu fiz minha barbinha pela primeira vez, tudo bonitinho, bundinha de neném. Só que depois três dias tudo começou a empolar, como não sabia de nada continuei fazendo com gilette até que fui ao dermatologista e ele me passou sabonetes e cremes. Não deu em nada. Comecei a fazer com a máquina, não era a mesma beleza inicial, mas quebrava o galho. Mais três dias e os pêlos voltaram a encravar. Novos cremes, horas na pinça, creme quando acorda, creme para dormir e mais creme quando pudesse passar. E nada resolvido!
Não consegui melhorar o quadro de rosto com bolas feias. Só aí comecei a pensar em fazer com cera. Pensei e nada fiz. Às vezes, para poder desencravar todos os pêlos tinha que deixar a barba crescer quase que nem a do papai Noel. Até que a máquina quebrou. Tempo passando e nada de comprar outra máquina e a barba crescendo. Voltou a idéia da cera. No trabalho não dava mais pra ficar com a barba “estilo natal”.
Uma pesquisa tranqüila, uns vídeos no youtube, algumas leituras sobre. A cada dez comentários na internet apenas um era positivo (em relação a dor). Criei coragem e fui lá testar. Começou a aventura!
Primeiro salão. Só fazia com a máquina e me indicaram um barbeiro. (quase fiquei por lá mesmo)
Segundo salão. Era na casa de uma dona, interfonei e ela não estava. (tudo conspirando para a velha e tranqüila máquina)
Terceiro salão. Também não fazia, me indicaram outro.
Quarto salão. Lá me disseram que ia doer tanto, mas tanto que eu não aguentaria, por isso não fariam. Mais uma vez eu voltava à idéia da máquina!
Quinto e último salão. Quando falei que queria fazer a barba com cera ela abriu o maior sorriso do mundo e disse que teria o maior prazer em me depilar. Fiquei com MUITO medo dela. Fiz algumas perguntas para que ela me encorajasse e só ouvi que iria doer memo. Fez um teste na minha mão e me deixou pensando, eu olhava no espelho e ouvia as meninas comentando: “Nossa a barba dele ta muito boa de fazer né!? Vai ser bom hein!?”
A idéia de fazer só o bigode, se, e somente se, eu agüentasse faria a lateral. Pensei, pensei e pensei e fui. Ela ainda me perguntou se não queria agendar para outro dia, mas minha coragem acumulada era só para aquela hora! Sentei lá, fechei os olhos e esperei pra ver o que ia rolar.
Primeiro senti um creme maravilhoso, quentinho, escorrendo pelo meu bigode, tava quase dormindo já, nada de tensão, quando de repente: PUTA QUE PARIU!!!! Levei um choque!!! Ela puxava a cera de uma vez só e eu via meus pêlos todos pregados na cerinha. Eu, inocentemente, achava que ia tirar tudo em uma só puxada, mas não. Quando chegou em baixo do nariz tudo parou, foi que nem filme, tudo parou e eu só sentia a lágrima escorrendo do olho. UMA única lágrima, nem queria cair, mas caiu e quando caiu a mulher também caiu, caiu na gargalhada e teve que parar a tortura por alguns minutos para poder se recompor.
Chegou uma senhora no salão querendo pintar o cabelo. A torturadora disse que poderia durar dois minutos ou horas e fechou com a frase ”Você pode voltar depois ou torcer para ele não agüentar!”. Sabe o que a véia fez???? “Ah tudo bem, vou sentar e torcer para que ele não agüente”. Que vaca! Quando ela disse aquilo eu falei com meus fios: vcs vão sair todos, um por um, só pra essa velha perder tempo. Foi ela que me deu força.
Chegou uma menina pra fazer as unhas. Estranhamente ela saiu e voltou, só que agora com mais cinco amiguinhas, todas me olhando pelo espelho e rindo “disfarçadamente”. Um barato, virei a atração do salão!
Quando começou a barba que eu vi a dor que vocês mulheres sentem. Pelo Amor de Deus! PUTA QUE PARIU, PORRA, CARALHO!!! O que era aquilo? E dá-lhe copo d’água pra fingir que aliviava alguma coisa. Aí já não dava mais pra desistir, já tinha até pago e toma cera na cara. Para agilizar a depiladora resolveu tirar de uma vez só o que ela estava tirando em duas passadas. Pensem numa pessoa que bebeu logo três copos d’água de uma vez só. Depois do que ela fez me ofereceu até coca-cola!
Não tinha mais condição de continuar. A depiladora foi até passar a tinta lá no cabelo da velha e eu lá colocando a mão no rosto pra aliviar. Ao menos já tava no fim. A menina das unhas ainda me olhava pelo espelho, eu olhei para cara dela sério e ela soltou um “Tadinho gente!”. Mostrei só os dentes pra ela, porque a essa altura já não tinha mais expressão facial. Acho que ela entendeu que aquilo foi uma risadinha.
Quando eu achei que tinha acabado, recomeçou. Lá veio ela “fazendo o acabamento”. Tirou o restante da barbinha e depois me deu um algodão com água fria. Numas dessas puxadas ela virou “Você não vai querer saber meu nome não?”. Se fosse em qualquer outra situação, acharia que ela estava me dando mole, mas ali não! A conversa continuou. “Assim quando escutar meu nome em já pode se preparar pra sair correndo!”. Ela não precisa ter dúvidas que o rosto e o nome delas jamais serão esquecidos por mim. Mas para não esquecer de jeito nenhum já “aproveita e me dá seu cartão!”
O nome da bendita: “Jô”, que diabo de nome é esse?! Peguei o cartão, paguei, dei um tchau geral e fui-me. Assim o salão voltou ao normal, um ambiente sem graça e chato, em que a maior atração é a novela repetida na televisão no cantinho da parede. A primeira coisa que fiz ao sair de lá foi um interurbano para minha mãe que estava viajando para contar o feito.”
E a minha pergunta é: Será que ele fará a segunda vez???
Façam suas apostas!!!!
Tatiana Coêlho