quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Me IRRITA! - parte 2

Mais uma da série “O que me irrita”. Então, cachorro me irrita, mais especificamente cães de pequeno porte. O diabo do bicho não serve para absolutamente nada, não guarda nem caça, só serve para fazer barulho e muito. Aquele latido estridente e continuo que é capaz de tirar o juízo de alguém.

Mais do que os pequenos cães, os donos me irritam. Nossa Senhora da Falta de Senso! Uma manhã dessas, estávamos eu, meu livro e um chocolate quente em um café da cidade. Eu ali, amando minha leitura, minha paz, uma cena quase bucólica, quando de repente chega um monstro por nome “Beca” e sua dona. Como um maldito poodle faz tanto barulho???

A falta de senso já começou na chegada, a dona queria que uma das garçonetes segurasse a monstrinha enquanto ela ia escolher o pedido dentro da loja. Ah se fosse comigo eu respondia na lata: “Senhora, minha remuneração não inclui serviço canino!”.

Enfim a dona amarrou a cachorra em uma pilastra e entrou no café. Pronto foi o maior escândalo de todos os temos, nunca achei que um latido pudesse ser tão alto. À essa hora nem a mais concentrada das criaturas conseguiria ler. Desisti do meu livro e fiquei assistindo a confusão da cachorra.

Eu, a moça da mesa ao lado e as garçonetes, todo mundo se entreolhando. Na verdade, apostando para ver quem matava a poodle dos infernos primeiro, e nin-guém no mundo poderia culpar, porque o latido era enlouquecedor. Ah esqueci de dizer que velhinha, dona da Beca, estava acompanhada de outra senhora com outro poodle, e eles não podiam ficar juntos, imaginou o caos???

Eu sei que as garçonetes tentaram acalmar a criatura canina, a moça da mesa ao lado se irritou e pediu silêncio para a cachorra de uma forma bem educada: “Cachorra você vai apanhar”. Mas nada abalou a Beca e sua dona.

Enquanto ela comia, a cachorra latia porque queria participar da divisão das empadas. Depois a dona foi pagar e Beca latia sentindo a distância. Enfim, a maldita não parou e mesmo quando foram finalmente embora, eu ainda podia ouvir o cão latindo do outro lado da rua. Sério, coitados dos vizinhos da poodle. Numa boa, para que alguém tem um poodle???

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fica mais complicado

Não sei se a gente cresce e fica burro, ou se crescemos e ficamos mais inteligentes e por isso complicamos tudo. Lembra quando tudo era simples? Víamos o garoto, a mão suava, a barriga doía e só enxergávamos ele. Ah e éramos capazes de morrer se ele ficasse com outra, mas também abaixávamos a cabeça se ele nos olhasse. Tudo era uma questão de sim e não, sem talvez, sem procurar defeito.

Antes era gostar e pronto era aquilo, sem dúvidas, sem dramas. Mas de repente tudo é muito mais complicado. Aprendemos a fazer uma tabela mental para tomar decisões, pensamos nos prós e contras e ficamos medrosas. Eu mesmo sou a rainha da avaliação, penso tanto que me canso as vezes, escolho critérios, imponho restrições, eliminações e classificações.

Eu tenho medo de sofrer, de insistir onde não devo, de me declarar e não me venha com o papo de “o não você já tem”, que não é simples assim. Sei que não tenho o controle de nada e o que o dono dos acontecimentos é o tempo, mas gosto da falsa sensação de que eu decido a minha vida, ou pelo menos tento, tomando as melhores decisões – ao meu ver.

Antes a gente só queria passear de mãos dadas, uns beijinhos. Agora tem que pensar no futuro do cara, em como ele trata as pessoas ao redor dele, se daria um bom pai, um bom marido, se está disposto a crescer com você, se não é machista, se gosta de você o suficiente e o mais importante se você gosta dele o bastante.

Não sei mesmo se gente grande é esperta, mas sei que a mudança que ocorre entre infância e vida adulta é a quantidade de “medos”, “talvez” e “se” que aparece nas nossas cabeças. Acho que a gente cresce e fica burro, quem sabe.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vale a pena

O trabalho das estilistas da marca brasiliense "Se Essa Roupa Fosse Minha" merece muita atenção. Não entendo de moda, mas entendo do que eu usaria e as coleções delas tem sempre um toque de simplicidade e muito bom gosto. Ah e as donas da marca, Romilda Gomes e Priscila Bosquê, são umas fofas. O trabalho merece ser visto!
Mulheres, as roupas são sensacionais! http://www.seessaroupafosseminha.com.br/

Segue a matéria que fiz sobre o desfile na mostra de moda da cidade!

Beijoss
Tati

Se Essa Roupa Fosse Minha

A marca Se Essa Roupa Fosse Minha encantou o público e trouxe uma reflexão para a passarela: O que fazer com o tempo?. “Temos cada vez menos tempo e não há como recuperá-lo”. A frase da veterana de Capital Fashion Week, Romilda Gomes, defini o tema do trabalho, junto com a sócia Priscila Bosquê, apresentaram a coleção intitulada Tempo Real.

A inspiração para a definição do tema da coleção veio da inquietude das estilistas com a falta de tempo da sociedade moderna. “Tentamos sempre trazer como tema algo que está nos angustiando, dessa vez foi o tempo. O tempo age sobre todos nós e cada vez temos menos tempo, temos que priorizar o que fazer com ele”, explicou Romilda. Durante o desfile, um vídeo com cenas de uma grande cidade foram exibidas no telão. O filme mostrava o trânsito caótico e o corre-corre de uma metrópole.

A marca existe há quatro anos e desfilam pela quinta vez no CFW. "Além de sermos sócias, somos amigas e nosso trabalho está sempre se modificando, nosso trabalho está sempre amadurecendo", explicou Romilda. As estilistas contam com o apoio do Sebrae e do CDT Unb. “Tivemos ótimos parceiros, sem eles não seria possível fazer o desfile por mais que tivéssemos muita vontade”, agradeceu Romilda. Para elas mostrar o trabalho no evento é uma ótima vitrine. “O CFW é um excelente parceiro nosso e sempre nos apoio muito”, contou.

Os assessórios utilizados no desfile são da design Andréia Tibério. "Ela foi ótima, fez tudo do jeito que a gente queria, ela tem uma sensibilidade incrível para entender a nossa proposta", disse Romilda. As duas contaram ainda que são envolvidas com tudo que é ligado à moda, além de estilistas são professoras do curso de moda de uma faculdade e produtoras. “Não conseguimos separar muito bem as áreas”, contou.