quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

May be a mess...

“Escreve um texto pra mim? Conta como eu estou carente, deprimida e nostálgica”. Uma das garotas mais independentes que conheço estava ali completamente vulnerável. Ela era difícil e inconstante, a fórmula dela não é para qualquer um, não há lógica no mundo que explique. Não gruda, mas também não desgruda. Me larga, mas não me solta...

Se por ora ela quer romance, em outra prefere não te ver. Se por um tempo pensa na calmaria de uma casa com cerca branca na outra prefere pubs lotados e barulhentos. Quando ata, ela desata, não procura nem acha. Ama e odeia em um espaço de tempo tão curto que nem mesmo ela consegue lembrar.


Não ter ciúme, mas uma necessidade absoluta de ser prioridade pode enlouquecer uma cabeça, mesmo a mais ajuizada. Não procura clichês, prefere as metáforas. “Sou capricorniana, preciso de atenção”. Não é passional, tão pouco racional, ela é só ela na mais absoluta contradição de ser. Ela é guerra e paz, mas ainda espera um certo príncipe. “Quem sabe combina da gente combinar...”

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Só queria simplicidade...

Não queria muito, só queria um pouco de diversão. Não ando pensando em compromisso, na verdade ando tentando não pensar em nada, ainda tenho uma ferida aberta. Mas você se negou, resolveu complicar a situação. Eu só pedi simplicidade, uma pena.

Homens com atitude rocks! Aqueles que são bons e sabem disso. Que encostam e deixam tonta, que sabem falar a coisa certa na hora certa, a hora de chegar e a hora de partir. Agora esse negócio de ter que se virar em mil para chamar a atenção do cidadão e o cara que te olha anoite inteira e no fim nada, que preguiça.

E ainda temos a lista de gafes. “Meu amigo quer te conhecer” é o fim. O fim dos tempos o fim do futebol, é o fim do planeta. A vontade é responder: “e o que me faria querer conhecer seu amigo?” ou matar logo de vez “não quero conhecer seu amigo, quero conhecer você”, já vi isso acontecer e o cara saiu torto. Mandar recado só é aceitável até o fim do ensino fundamental, depois não.

Sério, a mulherada nem anda exigindo muito por aí, mas o mínimo é a criatura ter atitude na abordagem. Ser criativo, ser engraçado costuma funcionar também. Se encher de si e só falar de você não dá certo, não to ligando pra quantos carros você tem ou quantas viagens ao exterior já fez, acredite eu sou muito melhor que isso.

Para mim ia ser tão simples, eu estava muito mais fácil do que você imaginava. Não sei o que pensa à meu respeito, mas tenho certeza que facilitaria se simplesmente perguntasse. Você e os seus impedimentos, desculpe não quero resolver seus problemas. Só queria um caso simples. Uma pena.

Trabalho Voluntário

Trabalho: Aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim. Voluntário: Que age espontaneamente. Derivado da vontade própria; em que não há coação; espontâneo. Trabalho Voluntário no fim das contas é trabalhar por carinho, é pagar para trabalhar. É procurar problema, é ter que resolver coisas que nunca imaginou, como uma caixa d'água afundando no meio de uma festa para 500 crianças e outras peripécias. Mas é também uma das experiências mais gratificantes que se pode ter na vida.

O Brasil é considerado hoje o país mais solidário do mundo. Uma pesquisa revela que 70 % da população faz ou já fez algum tipo de ação beneficente. Talvez a nossa descrença no poder de ação governo explique essa média. A ineficiência do Estado faz com que a população acredite que ela só pode contar com ela mesmo. E são vários exemplos de ações comunitárias que entram para suprir a ausência do Estado.

Pensar em trabalho voluntário leva a algumas reflexões importantes, como qual é o melhor formato para as ações. É necessário rever conceitos da sociologia e da antropologia, como identidade e pertencimento, que se tornam essenciais para entender que ao entrar em um grupo as ações precisam ser construídas em conjunto, a necessidade do outro não é obrigatoriamente o que você acredita que é.


O trabalho do Exército no Haiti e as UPPs cariocas são exemplos clássicos de que a gestão precisa ser participativa. Ouvi de um coronel que foi oficial de comunicação no Haiti que a participação da população era fundamental, sem ela o trabalho tornava-se inviável. “É como alguém entrar na sua casa e querer mandar na organização dela, não funciona”. As tentativas de reimplantar o Estado nas comunidades é válida, mas é um projeto temporário, e no futuro? Mais uma questão a se pensar.

No fim, trabalho voluntário é a responsabilidade de um evento com a maior divulgação que você já conseguiu na vida. Aplicar o que você estudou com o que você nem faz idéia. Se arriscar morrendo de medo. Perder noite de sono, ficar com febre, sonhar (ou ter pesadelo) com todas as falhas possíveis, fazer listas e mais listas e ter certeza que inevitavelmente vai faltar algo na hora pro seu absoluto desespero. Mas também é aprender a confiar em uma equipe e ter certeza que no fim da certo porque a causa é muito maior.