quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Diário de Bordo Ásia - cap VIII


Depois do embarque na água e balangar numa lancha era hora de chegar na ilha mais famosa da Tailândia. Phi Phi foi o local que escolhi para passar meu aniversário. Uma bela escolha, a ilha combina a beleza de praias ainda selvagens e toda uma estrutura turística. Felicidade foi descobrir que o hotel ficava mesmo do lado do pier, melhor indicação da viagem.

A melhor comparação que encontrei é dizer que Phi Phi é Morro de São Paulo da Tailândia. Restaurantes, bares, lojas, muita gente e uma noite super animada. É a praia da badalação, onde as festas são malucas e varam madrugada a dentro. Em mais uma proximidade com a ilha brasileira, percebi que muitos dos estabelecimentos são de estrangeiros, não de tailandeses.

Por lá, trocamos a oferta “tuk-tuk, tuk-tuk” por “boat, boat, boat”, isso porque Phi Phi tem várias ilhas menores ao redor, como a famosa Maya Bay (a praia do filme A Praia), então o tempo todo te oferecem passeios de barco. Só precisa ter um pouco de coragem pra encarar os barqueiros com cara de “Piratas do Caribe”. Minha graça pela viagem foram as feiras e Phi Phi oferece um artesanato lindo, pena que mala tem limite de peso. 

  
A noite da ilha é realmente animada e começa tarde, no horário dos jovens. Um show de malabarismo com fogo na praia me provou que a falta de juízo do povo é sem limites. Teve corda bamba, fogos de artifícios ao redor do malabarista e muitas elevações, impressionante de assistir. As baladas são quase todas de música eletrônica, como não é bem minha praia encontramos um pub com uma banda ótima com um repertório de rock (e tudo mais que pedissem) fantástico. E foi com a versão tailandesa do Pharrel Wilians rock/pop que ouvi meus parabéns às 00h do dia 8.

Passar o aniversário viajando foi um dos melhores presentes que pude me dar. Claro que senti falta da minha mãe me acordando com parabéns. Dos abraços no trabalho, de pessoas importantes, das ligações e comemorações lotadas. Mas a experiência e aprendizado do outro lado do mundo compensaram a saudade e as ligações e mensagens também fizeram que muita gente mesmo longe parecesse muito perto. Ah e os recepcionistas do hotel me procurando pra dar parabéns foi pura fofisse também, assim são os tailandeses, fofos.

A praia em Phi Phi é bonita, mas não é incrível. Então depois de conhecer um casal brasileiro, sim a ilha também estava cheia de brazucas, decidimos sair em um passeio pelas ilhas de cima, aí começa o encantamento, um espetáculo natural. Mas como não podia faltar perrengue, a volta foi com chuva no mar, muita chuva, pra testar minha coragem, ou falta dela no caso. Quando o barqueiro perguntou “qual ilha querem ir agora?”, ouviu um sonoro “go home!”. Valeu Santa da Mamãe, chegamos de novo! Encharcados e congelando, mas sem acidentes.

E então decidimos ir ver o Papa, sim Maya Bay é o “Papa” da Tailândia, não da pra não ir. Leva 10 minutos de barco e todos os dias dezenas deles chegam por lá, ou seja esqueça a ilha deserta do filme, tá mais pra Rio no réveillon. Nossa tática foi ir no passeio que chega lá antes das 7h da manhã, foi ótimo, mas já teve o malabarismo para sumir com o povo nas nossas fotos. Mas acredite, toda a missão vale a pena, a beleza do lugar é de tirar o fôlego.  

A volta já era hora de fechar a mala, se despedir e embarcar para o último destino. Dessa vez foi sem surpresa, pier, barco grande e até descobrimos shuttle pro hotel. Phi Phi foi melhor que a encomenda, pode ter milhões de turistas, ser lotada e meio maluca, mas no meio da confusão é puro charme. Koh Phi Phi obrigada pelo meu aniversário, fui feliz.


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