quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Por aí...

Me perdi infinitas vezes em ruas desconhecidas, em pedaços que quis conhecer, em partes que deixaria para trás. Descubro cantos que poderiam ser meus de uma cidade encantadora. Vejo um velho centro que sofre com os infortúnios do crescimento desenfreado, mas tenta conservar o charme dos tempos áureos.

Há quem fale do meu amor por um Rio de Janeiro tão violento, retruco que Paris não está longe.  Cuidado com "pickpocket" está por todos os lugares, ambulantes incisivos e lixo pela rua. Mas não se passa imune pela magnitude da cidade, não foram atoa as históricas tentativas de copiá-la.

Aquela mesma ansiedade de chegar ao fim do livro me leva a longas caminhadas na vontade de conhecer tudo, parar o tempo, e poder conhecer cada pedaço da história. Poderia morar ali, entre as salas da enorme galeria que remonta os tempos vividos, tanto para ser estudado, descoberto e rememorado. Sozinha, observo os passos apressados, o caminhar de quem já passeia pela vida e os saltos de quem apenas está começando. Ah Londres se eu pudesse te ter só para mim. 

E uma cidadezinha de língua ininteligível arrebata meu coração historiador. Desejei meus livros, meus grandes professores. Se eram feudos, viraram um grande império, atravessaram guerras e o regime comunista. Uma população marcada por sua trajetória. Entrar em um memorial judeu da segunda guerra foi mensurar de muito perto os estragos que a crueldade humana é capaz, nem o tempo se atreve a tentar apagar. Onde a miscigenação não chegou, onde pretos são exóticos.  Praga e suas ladeiras e seus encantos merecem visitas.

Na volta encontro meu Rio "que mora no mar" e sorri para mim. Penso em tudo que trouxe, aquilo que não vem na mala, que não se toca, o imaterial. A máxima que com viagens se gasta e se volta mais rico se torna absolutamente real. Me perco em novas memórias e espero por novas.