quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sempre a verdade???

Quando eu era pequena me ensinaram que o importante era dizer sempre a verdade, mentir era absolutamente imperdoável. Depois, aprendi o conceito de “mentiras sociais”, aquelas que auxiliam a manutenção do convívio em sociedade. Agora eu descubro que falar a verdade “doa a quem doer” afasta muito mais do que atrai pessoas.

Não submeto minhas opiniões à censuras, tenho problemas em mentir apenas para falar o que as pessoas querem ouvir. Acredito em verdades inconvenientes, mas cada vez mais me vejo em posições que preciso pensar muito bem em como e o que falar.

As pessoas procuram as outras não para agregar idéias e discuti-las, elas o fazem simplesmente para legitimar suas teses. Por mais hipocrisia que isso soe, é como acontece. Já vem com a história pronta, só querem que você lhes dê razão.

Me pergunto o que está certo, porque determinadas mentiras são capazes de proteger e se há uma verdade que ninguém desmente é que pessoas mentem. Mas então alimentar a hipocrisia em prol do social ou continuar falando demais e correndo risco de ser taxada de grosseira?

Admito que vejo algumas figuras como “caso perdido” e me reservo o direito de nem gastar meu português. Não me stresso, as vezes me afasto e fico ali balançando cabeça no estilo platéia bem ensinada. Mas não sei se me sinto bem com isso.

Nessa eu não tenho respostas. Eu só sei que comigo é sempre a verdade!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quando a inteligência vence...

Não faz mal ler o jornal de vez em quando, saber a quantas anda a política nacional, escutar algo além de “rebolation”. Enfim, usar a inteligência não mata, nem mesmo machuca. Nada melhor que boa conversa, sentar com o amigo economista empolgado com a aprovação na certificação internacional, ou com o primo animado com os primeiros semestres de faculdade, ou ainda com o músico apaixonado. Nem vou falar sobre cantadas inteligentes que aí é jogar baixo.

Nada mais sexy do que ouvir um homem que entende um pouco além de suplementação alimentar e pit bulls. Eles ficam muito mais interessantes quando a assunto da conversa ultrapassa o BBB. Foi mal, mas não estudei feito uma condenada para sair por aí ficando com caras que enchem a boca para dizer que Maquiavel escreveu “O Pequeno Príncipe”, o último livro que a criatura leu foi “A Bolsa Amarela” , ainda no pré- escolar. Por favor, me venham com neurônios e não com músculos, prefiro os nerds candidatos a Bill Gates aos sarados burros.

Sou filha de pais exigentes, daqueles que tirar 10 não era “nada mais que a obrigação”, passar com 5 era motivo de castigo e recuperação seria a morte. Tudo bem, na época de escola eu ficava brava e revoltada, mas me ensinou muito. Não me contento com o mínimo, corro atrás e não sou alienada do mundo – valeu pai pelas assinaturas diárias de jornais. Dedicação é o que faz a diferença, estudar não é tortura e ler também não mata, nem exige tanto esforço assim.

Para os que já trabalharam em redação sabem que o ambiente chega a ser insalubre, mas pelo menos por lá a briga é para saber quem é o mais inteligente e a disputa é acirrada. Diferente do ode a inteligência que se vê em outros lugares, em que a rotina da ignorância é bem vista e até ler as notícias da empresa são uma enorme dificuldade.

Se meu abdômen me desse dinheiro eu até me mataria numa academia, mas não é o caso. Nasci com pudor - fica para próxima BBB – o que elimina algumas possibilidades de enriquecimento fácil. O que eu sei fazer? Estudar, todo o resto veio daí, muito esforço e pouco dinheiro na conta. Na próxima vida quero vir bonita e bem burra, porque inteligência anda meio subvalorizado por aí, mas até lá... para mim a inteligência sempre vence.