
Pais servem para dizer não e impor limites, até porque a nossa função na vida enquanto criança e adolescente é testá-los até a última gota. Até os 15 anos a nossa principal função é odiar pai e mãe e achar – ou ter certeza - que eles não sabem de nada. Mas se os limites e o diálogo não são feitos em casa, começam os problemas. Os filhos vão pra mundo, e aí será que foram bem preparados?
“Não queria que meu filho virasse vagabundo, mas quando ele tinha 17 anos dei um carro zero para ele, mesmo ele estando ainda no 1º ano do ensino médio”. Ou ainda “Queria que ele levasse a vida mais a sério, mas paguei supletivo para que ele passasse de ano e fosse à praia com os amiguinhos”. Até quando as pessoas vão continuar enchendo os filhos de presentes para suprir falhas? Famoso chorou, ganhou. E a meritocracia? Aquilo que nos ensina a não nos contentar com mínimo e a trabalhar para receber ganhos. E os valores?

Por outro lado temos o excessivamente controladores. Aqueles que regulam televisão, computador, hora disso, hora daquilo, a roupa, a comida, o lazer, absolutamente tudo da vida da criança, ou de alguns nem tão crianças assim. O que também não ajuda, porque a porta do dialogo é fechada a todo custo e a criatura levada a uma síndrome de Peter pan. Não deixar as crianças assistirem jornal, novelas e afins não vai protegê-los de nada do mundo real, mas uma boa conversa e formação de caráter vai.
Outro dia no aeroporto escutei uma mãe falar para filha “meu consolo é que um dia você vai ser mãe e vai sofrer como eu”, quantas e quantas vezes ouvi isso da minha mãe, penso se um dia vou repetir a frase. Ainda tenho medo de não ter capacidade de educar, para mim, maternidade é a maior responsabilidade que alguém pode ter na vida. Quem sabe um dia vou repetir todas as frases de mamãe... 

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