quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como se funcionasse...

Ela decidiu gostar de quem gostava dela. Ele era mais novo e pouco atraente, mas sempre estava lá. Era dedicado, fazias declarações de amor e a respeitava. Ela descobriu que era bom ser bem tratada, só para variar.

O tempo foi passando e ela não se apaixonou. Não sentia borboletas no estômago, não suava frio, tampouco perdia a fala perto dele. Mas também não estava ruim e ela foi ficando, afinal ele podia aprender ainda.

Ela começou a entender as celebridades, ter fã não é uma coisa tão boa assim. Admiração e respeito em demasia chegam ao “sem graça”, muito rápido. E ela resolveu inovar, como última tentativa.

Langerie preta, meia-calça, venda e uma champagne francesa no gelo. E faltou a pegada. Nessa hora ela só queria que ele assumisse o comando, só queria o homem, mão grossa, costas largas e olhar dominador, mas ele faltou e no lugar ficou só o fã com carinha de admirado.

Ela descobriu que não era fácil gostar de quem gostava dela. Algumas coisas ela simplesmente não queria ensinar. Acabou. E agora ela anda por aí exigindo as borboletas!

3 comentários:

Rachel Marinho disse...

Sei exatamente o que é isso, hehe!! às vezes dá vontade de gostar de quem gosta da gente. É como se, de alguma forma, a gente achasse que seria tudo muito mais fácil. Mas não é assim que funciona. Não mesmo!
É literalmente o que você escreveu: "Admiração e respeito em demasia chegam ao 'sem graça' muito rápido".
Por isso, precisamos investir nas relações que acreditamos que realmente podem dar certo. Aceitar os defeitos e as limitações de quem faz com que as borboletas se manifestem! E lembrar que também temos as nossas limitações.
Beijinhos

Priscilla disse...

Ai amiga, hoje bateu uma vontade de criar um canto e escrever o que penso, sinto, mas estava sem saber como começar, eis que acabei de ler tudo que eu precisava dizer...rs
As vezes achamos mesmo que a melhor saída é tentar aprender a gostar de alguém que já gosta da gente, sem nem nos esforçarmos, mas com o tempo a gente aprende que as borboletas no estômago são essencias, o gostinho do esforço, da conquista mútua... enfim, aceitarmos defeitos e reconhecermos os nosso como disse a Chel!
Beijinhos

Anônimo disse...

Como se funcionará...

Ela decidiu não gostar mais.
Nem mais novo, nem mais velho. Desistiu.
Mas de tempos em temos, encanava, ou se encantava com alguém.

Mas...
Sempre impedido.
Casado, noivo, namorado.
Nunca estavam afim do que ela queria e/ou acreditava.
Aceitou. E se contentava com o que sobrava...
O tempo passou, e ela não se apaixonou...
Seguiu...

Um cara apareceu. Em um trabalho em comum...
Do nada, uma curiosidade surgiu...
Hummm...
Mas que merda. Tem namorada...
Tô fora.

Mas, mesmo tentando evitar, os olhares se cruzaram mais de uma vez.
Ele também distante, pois namorava...
Ficou com medo até de chegar perto e alguém perceber o interesse.
Será que perceberam? – Pergunta comum na mente dos dois.

Trabalho realizado.
Distância novamente.
Vida que segue.
Mantêm contato profissional. Educados.

Ficam tempos sem se ver. Mais de meses.
Apenas se falam por mídias sociais. Sem segundas intenções. Ou não?
Apenas para manterem contato, do tipo, oi, estou aqui, e ai, tudo bom?
–Hummm... Será?

Um evento, um reencontro rápido.
Uma foto, um bate papo, e conversas sobre um trabalho em comum que estavam realizando para breve.
Um almoço, com todos juntos. Nada de mais. Sentados em frente, um ao outro. Poucas palavras trocadas diretamente. Apenas no grupo. Ainda não era hora. Fim. Vida que segue novamente.

Outro encontro.
Outro trabalho.
Agora a aproximação verdadeira acontece. Muita.
Amizade formada - Com vontade de algo mais.
Ambos.


Ela se arruma para ele.
Ele percebe. Observa ela, sempre linda.
Corteja ela. Acompanha. Cuida de longe.
Educado e cavalheiro.
Talvez estejam percebendo o interesse.
-Mas e ela, está?
Ah, mas ele não pode. Ainda não se desenrolou. Estava acomodado...
Ele foge de todas as possibilidade, pois tem medo não conseguir segurar a vontade de estar com ela. Mas não. Não era a hora certa.
Trabalho realizado. Finado o evento. Distância novamente.

Ele se vai.
Chega estranho e não suporta mais a situação.
Se resolve e assume ficar sozinho. Desconhece o AMOR, mas prefere ficar só a aceitar o que sobrou...

Haverá um reencontro. Já marcado há tempos.
Ninguém sabe da sua resolução. Ele está só.
Nem ela sabe.
Manda mensagem. Ele não responde.
Se reencontram.
Ela não sabia que ele estava só. Se anima. Demonstram interesse.
Ele chega mais perto. Procura sinais. Enxerga.
-Mas será?
Resolve seguir seu coração. Investe e vai atrás.
Ela quer. Mas também não pode. Ou não quer? Tem medo.
-O que ele quer? Uma noite e nada mais?
Ela deixa. Nada acontece. Nem um beijo. Mas tudo acontece.
Conversam. Em outro nível. Avançado. Sobre tudo.
Eles se entendem. Se enxergam. Se reconhecem
Um ENCONTRO.
Dois dias.
Tudo.
Mas nada.

Novamente a distância.
Agora, nada mais impedia ambos. Apenas eles mesmo.
Se falam diariamente. Sobre tudo.
TUDO!
Cada dia mais intensos - Ambos são.

Uma decisão. Ele vai ver ela.
Ela quer. Pede a ele. Diz que sim.
Ele vai.
E do NADA de dois dias, acontecem de TUDO em dois dias.

Se ENCONTRAM.
Se acham.
Se querem.
Novos desejos (re)aparecem.
O que estava aparentemente morto, renasce.

Ele como Homem: Quer ela como MULHER.
Cuidar dela.
Desejar ela.
Romântico e Carnal.

Ela como MULHER: Quer ele como Homem.
Cuidar dele.
Desejar ele.
Romântica e Carnal.

Está na hora de tirar a lingerie preta e a meia calça do armário...
Certeza de que o Champagne ele já traz gelado. Com uma rosa entre os dentes e muito mais.

É...
Ainda bem que um dia, não funcionou...
Há borboletas!?!