terça-feira, 24 de outubro de 2017

Diário de bordo Ásia - cap I

Quando eu inventei de vir pra Ásia já sabia que ia ser uma aventura. Em dois dias por aqui, tiver certeza, não é para iniciantes. Sério, não mesmo. Então pra quem não sabe lidar com adaptações do planejamento e leu muito sobre segurança, melhor pensar em outro destino.

Depois de um atraso de cinco horas no primeiro trecho, dentro do Brasi ainda, corremos (literalmente) pra pegar o voo para Istambul. Sentadas no avião foi tudo tranquilo, só aquela sensação de que chega o natal e a gente não chega. A Turkish oferece stop and go, escala de 16 horas, eram 10h da noite, vambora pro hotel. Mano reza pro cara da van não estar te levando pra tirar os rins, não tem condições de entender nadica de turco. Foi teoria da manada, tá todo mundo indo, vamo também. Mas deu tudo certo, nessas horas acho que as santas da minha mãe me protegem. 

Encontrar uma cama e um chuveiro depois de 24 horas em trânsito (até fazer essa conta foi dolorido) é mágico. Só que em 12 horas de hotel a gente conseguiu alagar o banheiro, o ralo não funcionava direito, e quebrar um pote de barbecue no chão. Cansaço causa desastres. Mas sobrevivemos e no outro dia tinha mais aeroportos e voos.

Em Istambul descobrimos que é possível passar por três revistas até chegar no seu avião. E que existe um turismo interessante no país, o de implante de cabelo. Sim, é uma pechincha o tratamento por lá (internet me contou), filas de homens de faixa na cabeça e pontinhos vermelhos, demorei horas olhando até entender que não era um time de esporte, sim de ex-carecas. 

Voo, mais dez horas, lotado. Tailandês é pior que turco, não dá nem pra chutar uma palavra parecida. Reza pra galera do cecê não estar do seu lado. Chegamos. Calma, falta um voo ainda pra ilha. Puta merda, tem hélice o trem, se eu morrer minha mãe me mata. Sem emoções, teve até serviço de bordo em 45 minutos de voo.

Quando você chega e o ônibus do desembarque remoto é igual ao carrinho da Disney você sabe que a emoção tá começando. Aeroporto de madeira, cara de parque, a mala chegou, amém. Suttle pro hotel, mão inglesa, moço você vai matar a gente. Trânsito de Goiânia ficou lindo, aqui o troço é ousado.

Aí você chega no hotel, ganha toalhinha gelada, suco e jogo de adivinhação, a mocinha fala tão pra dentro, que só chutando. Desce pra praia e descobre que toda a romaria vale a pena, Deus por aqui você caprichou hein!?


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