"...Não sou atriz, modelo, dançarina. Meu buraco é mais em cima..."
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Meu samba vai curar a dor que existe
Meu amor pelo ritmo não é nenhuma novidade, é
para ele que corro quando tudo vai mal, é por lá que fico quando a alegria é
incontida. São melodias e letras que me trazem um tempo que não vivi, uma
poesia delicada, um ritmo liberto e uma sensação de identidade. E a minha relação com o samba
virou coisa séria, foi ele que estudei quando decidi terminar a graduação em
História, trabalhei com Rio de Janeiro nas décadas de 1930 a 1950, anos que
modificaram o entendimento do ritmo. Tentei estudar a tragetória, o resultado
foi muita coisa lida, muito aprendizado e muito a aprender, deixo aqui a
conclusão da minha monografia, defendida em 2011 na Universidade de Brasília. Porque como escutei de Muniz Sodré "a mãe a
gente sabe quem é, o pai é desconhecido". Feliz Dia Nacional do Samba.
"Se o país possuia identidades múltiplas, com o samba não
era diferente. Não foi o samba, em sua totalidade, nacionalizado, sim uma
parcela dele, aquela que transitava entre a elite intelectual e a Rádio
Nacional. A música produzida e gravada no Rio de Janeiro e difundida pela
Indústria Fonográfica que por fim rompeu as fronteiras e alcançou países
estrangeiros. O samba não foi enaltecido como símbolo nacional de maneira ampla
e irrestrita. As resistências e preconceitos perduraram, prova disso são as
críticas encontradas em publicações da época.
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