domingo, 30 de junho de 2013

Renato Russo Sinfônico, eu estava lá

Era para ser um show épico, uma linda orquestra, uma excelente banda base, um bom elenco e uma péssima produção. Direção artística que vergonha alheia senhores. Por que não contaram a história do Renato através de suas músicas? Por que não usaram os telões com imagens do cantor durante as trocas de palco? Dado Vila-Lobos? Marcelo Bonfá?

Os problemas da produção começavam na entrada. Lá, e só lá, descobri que tinham pedido que as pessoas fossem de branco e doassem agasalhos. Filas, dificuldade de achar os portões corretos. A terminar com a simples ausência de latas de lixo. O Rafinha Bastos escreveu no tweeter que "homenagem é diferente de sacagem", a grande sacanagem foi com o público.

O som foi um capítulo à parte, absolutamente sofrível o show inteiro, equalização errada, excesso de reverberação, até agora acho que a Sandra de Sá cantou de dentro do banheiro. Por alguns momentos acho que nem os artistas se ouviram. Ouvi muito pouco, ou quase nada, da orquestra. E senhores artistas, que tal ensaiar antes de subir e encarar uma plateia que conhecia as canções em detalhes?

Por fim, senti vergonha de alguns artistas, orgulho de outros. Palmas para coragem do Alexandre, carisma da Ellen, graves do André Gonzales e claro o elegante bandolim do Hamilton sempre impecável. Ainda não sei qual foi o objetivo de colocar o Negrete encerrando o show tocando "Que país é esse?".  Mas o ponto principal do show e o que fez tudo valer a pena foi a emoção das pessoas, ver como o Renato Russo ainda mexe com Brasília, que cantou e gritou a plenos pulmões as canções que marcaram uma geração. A sorte da produção foi o repertório, obrigada Renato.

Holograma Renato Russo

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo texto! Sintia falta dos seus textos.
Escreva com mais frequência.