
São 90
minutos concentrados em onze homens. Uma nação inteira está ali naquele
campo. Hoje é dia de Copa, de ficar apreensivo, reclamar, xingar, chamar o juiz
de ladrão, o atacante de catimbeiro, pedir pra abrir para a direita, para a
esquerda, fechar a zaga, vaiiiii goleiro. E naquela hora tão esperada, quando a
bola balança a rede do adversário explodir em um só grito é GOL, depois é só
comemorar. Ah como a gente gosta de gritar gol.
Se as
figurinhas da copa conseguiram unir crianças, idosos, adultos, os engravatados,
os boys e todo mundo atrás daquele
precioso adesivo que faltava para completar suas respectivas coleções, um jogo
une todas as classes. Mandela entendeu isso quando usou a Copa do Mundo de
Rugby pra reunificar a África do Sul pós-apartheid. E não vai ser a corrupção da Fifa que vai
tirar o sabor de sermos os anfitriões da maior competição da nossa grande
paixão.

O juiz
Sobral Pinto, um dos maiores juristas brasileiros, conhecido por seu perfeito
senso de justiça, perdia toda sua racionalidade quando era dia de jogo do
América, seu time do coração. Sim, meu caro, futebol é uma religião. Futebol
das coisas menos importantes, é definitivamente mais importante. Agora deixa eu
correr que é dia de Copa e o expediente ta acabando. Pra cima deles Brasil!!!!
2 comentários:
Belo, belíssimo texto! Me encanta ver jovens inteligentes e exercendo sua cidadania. Parabéns. Go, go Tati
Muito bom!!!
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