
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Novos tempos...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Meu samba vai curar a dor que existe

"Se o país possuia identidades múltiplas, com o samba não era diferente. Não foi o samba, em sua totalidade, nacionalizado, sim uma parcela dele, aquela que transitava entre a elite intelectual e a Rádio Nacional. A música produzida e gravada no Rio de Janeiro e difundida pela Indústria Fonográfica que por fim rompeu as fronteiras e alcançou países estrangeiros. O samba não foi enaltecido como símbolo nacional de maneira ampla e irrestrita. As resistências e preconceitos perduraram, prova disso são as críticas encontradas em publicações da época.
A pluralidade de identidades contidas dentro do movimento sambista evidencia como o processo foi bem mais complexo do que a simples elevação do gênero à condição de nacional. Não foi mera resistência popular ou apenas um projeto de governo em criar uma identidade homogênea. A cultura de massas e o dinamismo das tradições foram outros fatores que influenciaram e problematizaram o processo. Assim como a sequência de inter-relações, apropriações e expropriações culturais.
O processo e suas nuances ainda não foram totalmente explicados. Apesar de uma ampla bibliografia sobre o tema, as informações são por vezes contraditórias e não há um consenso entre os autores que esclareça como um gênero antes marginalizado, onde a polícia prendia quem o tocava, virou artigo apreciado pela elite e produto de exportação. Algumas obras circulam com o caráter de leitura obrigatória e servem de base para novas discussões, como “O Mistério do Samba” de Hermano Vianna. Outra obra frequentemente revisitada é “Samba - o Dono do Corpo”, de Muniz Sodré.
O interessante desse processo de nacionalização é observar como ele foi aos poucos naturalizado e enraizado na cultura brasileira. Expresso nas mais diversas formas, na música, na dança, na imagem brasileira no exterior, na exaltação do samba velha-guarda, tido como puro e incorruptível. Manifestações de um mesmo gênero musical, mas que adquiriu novas formas de representação ao longo de seu percurso. “E soava como algo tão natural, tão estranhamente brasileiro, que, em 1940, Dorival Caymmi, já proclamava em Samba da Minha Terra: “ quem não gosta de samba/ bom sujeito não é/ é ruim da cabeça/ ou doente do pé” (PARANHOS, 2003, p. 109).
Se a elite tentou se legitimar com o samba, o samba se sustentou na elite. Nas relações que o samba desenvolveu nas primeiras décadas do século XX, o que se observa é uma sucessão de agentes, se os mediadores culturais foram importantes por um lado, por outro os próprios sambistas desenvolveram habilidades políticas e trabalharam ativamente na legitimação do ritmo. O resultado foi um símbolo identitário que perdura até os dias de hoje." (Tatiana Coelho, 2011)
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Um melhor contexto


sábado, 10 de novembro de 2012
Me sinto vivendo

domingo, 28 de outubro de 2012
Limpo o que não me cabe mais

Onze anos

Você não estava na minha valsa, nem no fim da escola, tampouco quando segui meio sem querer a sua carreira. Não me viu segurar o canudo com orgulho, nem acompanhou a dolorida segunda graduação. Mas foi minha inspiração a cada passo. Meu extremo orgulho pela sua história, por ser fruto dela e por poder contar a todos com propriedade de neta especial.

Elas, eles e entre eles

sábado, 12 de maio de 2012
O roteiro que todas já vivemos!
segunda-feira, 9 de abril de 2012
A notícia que não mais quero ler

As manchetes dos principais jornais ratificam nossa insegurança. “Servidores protestam e preparam dossiê sobre violência em estacionamentos” ; “Mulher de 35 anos é sequestrada quando saía de bar da Asa Norte” ; “Bandido invade lanchonete no DF e mata cliente com tiro no peito”. Só no último mês foram 88 homicídios, em apenas um fim de semana foram registrados 12 sequestros relâmpagos. Além do exorbitante número de furtos e os casos de estupro, dados da própria Secretaria de Segurança Pública.
No último fim de semana começou a circular pelo Facebook a notícia de que policiais estariam comemorando o crescimento da violência no DF. Acho a fonte questionável e foge das linhas lógicas, mas é mais um indício de que providências precisam ser tomadas. A violência é um problema grave e antigo da capital, mas nunca estivemos com tanto medo. A cidade é conhecida pelas brigas em shows, pelas gangues e
pela baixa fiscalização na relação menor/bebida. Nos últimos anos assistimos o crack tomar conta do centro da cidade. Acorda Governador!
Senhor Sandro Torres Mourão e Senhor Agnelo Queiroz, não tenho competência técnica para apontar as falhas de contingência de policiais, de estrutura de trabalho, de armamento, manutenção de equipamentos, nem nada disso, mas preciso acreditar que os senhores são capazes de encontrar e solucionar o problema. Minha pergunta é: Quando? No último dia 13 de março, a Secretaria comemorou o Dia da Segurança Pública, o que me traz outro questionamento: O senhor está seguro Secretario? Porque eu não. Tenho medo até de ir à biblioteca.

Não, eu não fui vítima de um sequestro. Não, eu não conhecia o rapaz que perdeu a vida em um mero jantar de sexta a noite. Não perdi nenhum parente, nem amigo. Mas não quero perder, não quero ficar esperando uma bala perdida me achar, não quero ter que pensar em uma estratégia para quando for sequestrada. Não quero ter velórios ou visitas a delegacias na minha agenda. O mínimo que exijo é segurança, pago meus impostos, todos eles. “Fim de semana violento” é a notícia que não mais quero ler.
Tatiana Coêlho
tati.dias.coelho@gmail.com
domingo, 25 de março de 2012
Tenta de novo!

ele nem pros próximos vinte ou dez minutos. Sei que a garota do lado olha pra mim com espanto e pergunta “como assim ela não quer ficar com ele?” e eu tenho vontade de gritar “pode ficar para você!”, não é que ele seja ruim, é bem bonitão por sinal, mas eu sou tão melhor, estudei muito para escutar um discurso narcisista e cair em uma cantada ruim, tenho vontade de falar “volta e tenta de novo!”.
E é nesse maldito momento que jogo a toalha e desisto que morro de saudade de você. Das suas piadas ruins e trocadilhos inteligentes. De como a gente ria dessas histórias malucas e como era fácil passar horas encostada em você. Das nossas
conversas e do seu interesse em mim. De como eu podia ouvir suas explicações e erudições. Saudade do quanto era divertido. O problema não foi ter entrado na minha vida, foi não ter ficado, o problema é que agora sem você eu continuo me achando infinitamente melhor do que a minha vizinha e insisto em procurar outro de você.
No fim da noite ele encontrou o que queria, saí e tinha outra com ele. Eu volto pra casa sozinha pensando que prefiro a minha própria companhia a ter que aceitar a enxurrada de cantadas ruins e conversinhas moles. Não, seu cargo não me impressiona, nem seu carro, tão pouco sua conta bancária, me surpreenderia se mentisse menos, prestasse atenção no que falo e se interessasse mais por conteúdo do que por forma. “Volta e tenta de novo!”
quinta-feira, 22 de março de 2012
"Mais calma Dona Maluca?"
Deixamos o tempo passar. Reagimos bem a pressão. Funcionamos em deadlines. Podemos conversar por horas em uma madrugada não-dormida. Usp e UnB por vezes estão muito mais conectadas do que parecem. Ela por vezes ignora lógicas e esquece quão inteligente é e quanto potencial ainda tem para explorar, nessa hora eu preciso lembrá-la.
Ela romântica e eu razão. Agoniada, ela é capaz de explodir em sentimentos como se o mundo fosse acabar nos próximos 30 segundos. Bem nessa hora a cientista desaparece, a capacidade de raciocinar é bloqueada e a passionalidade estoura por todos os póros. E no fim vem com cara de criança que acabou de fazer besteira: “é, acho que fiz de novo né!?”.
Completamente desconsertada quando pela primeira vez ela encontrou um imprevisível na vida. Ela prefere a zona de conforto enquanto eu gosto de ser confrontada. Dona de algumas artimanhas, sempre soube se fazer de tonta, indefesa, sabe bem esconder segredos. Talento é para poucos, temos os nossos. Ainda invejo como ela consegue se apaixonar e se entregar.
Dona das piadas ruins, do sorriso solto e de um bom-humor cativante. Com a gente é assim, muitos anos, e a capacidade de ter quase um mapa da personalidade da outra. Podemos passar muito tempo sem ver, semanas sem nos falar, mas o fim é sempre comum. “Você me conhece hein?”. Acho que sim, afinal “são dez anos, não são dez dias”.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Minha vontade

domingo, 29 de janeiro de 2012
Comigo eu me viro bem!
Não preciso de alguém que cuide da minha vida, que decida por mim, muito menos que pague as minhas contas. Com a minha vida eu me viro bem. Preciso que você decida por si, que seja resolvido, que saiba o que quer. De você eu preciso de tempo, do seu tempo.
Preciso que me ligue no fim do dia e me escute reclamar. Preciso que aceite mes convites para jantares, shows e viagens, mais que isso preciso que faça os seus próprios convites. Preciso de apoio quando decidir passar horas internada em uma biblioteca. Preciso do seu ombro largo para dormir nos dias frios.
Não quero que que você apareça quando eu esquecer de você. Não quero ficar esperando “que você pense em mim de vez em quando, só pra eu não me sentir tão patética por pensar em você o tempo todo”. Preciso de alguém que venha de verdade, porque pra ficar com “meio- você” eu prefiro ficar sozinha.
Talvez fosse mais simples se, e somente se, eu não me achasse infinitamente melhor do que muita gente por aí, mas mesmo assim parece que algo mo colcoa no campo dos não merecedores.Eu tenho aumentado meu potencial de esquecimento e diminuído minhas expectativas, no fim vou ter que gritar "socorro eu não estou sentindo nada". Preciso acreditar em alguém. Preciso só do que é meu.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
“Prometo te querer no último momento...”
Eu estava ali, muito bem acompanhada das pessoas que me fizeram me encantar por aquilo. Acompanhada dos meus contadores de histórias. Foi dele que ganhei toda a coleção do Pasquim, que ouvi que “intelectual não vai a praia, intelectual bebe”. Era com ela que acordava toda manhã com música alta e podia ouvir “Apesar de vc”, “Vai passar”. Achava engraçada a música em que a Marieta mandava um beijo para alguém ou a moça feia debruçada na janela.
sou sua alma gêmea. Sou sua fêmea, seu par, sua irmã. Eu sou seu incesto. Sou igual a vo
Feliz 2012!

Rezo por você, peço pelas surpresas que virão. Peço tolerância, paciência e fé. Peço humanidade, peço que a vida receba o valor merecido. Peço menos violência.
Agradeço tudo que passou. Acredito com esperança sempre que dias melhores hão de vir. No Rio, os fogos já anunciam 2012 batendo na porta. Piso no meu lugar preferido e cheia de boas energias desejo um EXCELENTE Ano Novo a TODOS!!!
Um bom Natal!

Mais um ano...
computador era para poucos. O muro de Berlim ainda era uma obra imponente. O
Brasil era Tri. O Sarney ainda mandava no país (opa isso não mudou).
Aprendi muita coisa nesse 1/4 de século, mas trago o essencial: família e amigos. No fim do dia o que conta é o bilhete de parabéns que minha mãe me deixou antes de sair pro trabalho e a enxurrada de mensagens e ligações que tenho recebido.
OBRIGADA por fazerem mais um 8 de novembro feliz!!!!