segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E ela achava que sabia mais uma vez...

(29 de Agosto de 2008)

Naquela bancada larga ela descobriu alguns personagens importantes. Aos poucos o temor foi virando conforto, era divertido estar ali todas as manhãs convivendo com as mais diversas personalidades. Facilmente poderiam ser descritos, dificilmente esquecidos.

Por lá tinha uma menina de olhos claros e sorriso bonito que se mostrou uma irmã. A diferença etária mínima fez com que se aproximassem, mas a experiência a fez uma tutora. Alguém escreveu certa vez que ela tem uma “beleza solar” em um dia dos namorados qualquer, mas devido ao trauma dela prefere-se dizer apenas que é uma bela repórter.

Uma certa garota branca de cabelos negros talvez fosse a mais sensível da bancada. De repente se mostrou mais forte, ainda quero escrever como ela. Contrárias em muitos pontos, mas comuns quando o assunto é música. A garota de leituras densas, questionamentos insolucionáveis e passionalidade invejável alegrava as manhãs de qualquer um com seu “riso frouxo”.
A cara de séria e o sorriso largo. Temperamento explosivo, choro fácil e ela virou a “meiguinha”. A “gente grande” da editoria se transformou na melhor companhia de manhãs. Corrigiu erros, falou de livros, discutiu história, reclamou e riu muito com o projeto de jornalista que sentava ao lado.

Um furacão ou uma tempestade. Repolhinho ou repolhadora ela passou a ser confidente. Por um dia foi até chefe. A garota de outro estado e manias divertidas se mostrou competente em várias funções. Nacional ou internacional ela estava sempre pronta a ajudar.

Maquiagem, câmera e ação. Telefone insuportável, garota de recados. Uma foi pro Rondon outra para o estúdio e viraram espectadoras centrais. Arrastada para samba, companheira de show na esplanada. Chefe e subordinada? Elas estão mais para amigas que trabalham juntas. Centrais de informação e parceiras de fofocas divertidas.

E também tinha um menino por lá. Bendito entre as mulheres. Calmo, calado, paciente ele estava sempre lá. Muitos almoços, conversas e ele virou companheiro, descobriu até que gostava das maluquices delas.

Sotaque carregado e inconfundível. As chefes faziam os dias mais engraçados. Uma excelente em Cidades, ninguém conhece mais as pautas do estado do que ela. Outra uma fera tecnológica e a simpatia em pessoa. Na confusão do dia-a-dia elas se completam.

E a garota que nada sabia descobriu que levava amigas. Ela entendeu que a convivência matinal não mais aconteceria, mas teve a certeza que pessoas especiais não mais seriam capazes de deixá-la. Agora ela tinha necessidade delas, descobriu o que já temia, sentiria muita falta da editoria simpatia, mas se lembrou da frase “uma vez….sempre”. E ela foi estudar.

Tatiana Coêlho

8 comentários:

Anônimo disse...

Muita sorte e sucesso nessa nova etapa!!!!

E continue adquirindo conhecimento!

Amo vc!

Anônimo disse...

Sucesso pra ti, Tati! Mas nada de ficar acordando 10h, 11h da manhã, hein?!! rs Trate de rolar bastante pra não criar limo, como disse no post anterior. Obrigada pelo carinho no texto! E nada de querer escrever como eu… Seja você sempre! Aliás, para você não esquecer: “Sê inteiro”! Felicidades, bravinha da editoria! rs Nos encontramos nos sambas da vida e da nossa profissão! Beijo grande!

Anônimo disse...

E nós ficaremos com muitas saudades … mas uma vez e é a sua última chance: Não se váaaaaaaa hehehehe

Nunca mais vou falar de repolhinho e não lembrar de você e ainda tenho que estrear a “ilha do baralho” =) Ai ai com quem mais vou poder ser má e soltar meus pensamentos ácidos?

Vou sentir muitas saudades

PS: que manias engraçadas heim? =P

Anônimo disse...

Tatiiii, a gente vai ficar com muita saudade!! Minhas manhãs vão ter menos graça.. Não some, viu, Mocra?!

E não espalha a beleza solar, porra! hahahaha

Beeijoo

Anônimo disse...

ô menina, odeio despedidas. Quer fazer a gente chorar, é? Olha que te bato, sou muito mais forte!

Beijos. Vou sentir saudade da sua chatice! Afinal, quem compartilhará comigo o meu mau humor matinal? hahahahaha
Beijos e tudo de muito bom procê, sá!

Anônimo disse...

Odeio despedidas!

Anônimo disse...

Se a solidão propicia tanta liberdade, não sei porque tanta gente busca um par. Como li num texto de Arnaldo Jabor e que muuuuuuuitos outros já disseram, a solidão é o mal do século, não por escolha, mas por conseqüência. É simples ser livre, é simples ser só, basta colocar um ponto final. Prefiro a liberdade de mãos dadas, de olhos nos olhos, a liberdade acompanhada porque se está bem e se quer bem.
“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.”
Clarice Lispector

Anônimo disse...

“Felicidade se acha é em horinhas de descuido”

Guimarães Rosa

Flor … saudades … beijo