segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quem disse que eles não aparecem???

(26 de Setembro de 2008)

Ela andava desacreditada. Uma ligação tinha mexido com uma ferida que parecia estar entreaberta ainda, mas ela preferiu mantê-la ali, parada e em processo de cicatrização a correr riscos. Se dera errado uma vez o que garantia que agora seria bom? Não quis descobrir, preferiu negar o convite e conter a curiosidade, ele não tinha direito de voltar agora. Assim o fez, e seguiu sob os aplausos das amigas conhecedoras do caso.

E é bem nesse momento que nada pareceu fazer sentido, tudo bem tinha sido forte o suficiente para não voltar para quem tinha lhe dispensado, mas e agora? Outro apareceria no lugar ? Ou ninguém nunca mais se interessaria por ela? Terminar uma história teria que ser o início de outra, sim porque a quantidade de “se” que a conclusão deixa nem sempre é fácil de controlar.
Pensou em ligar. E se ela virasse o jogo? Se em vez de repolhinho dele ela passasse a repolhadora dele? Muito perigoso, podia facilmente voltar a se apaixonar e novamente virar o famoso vegetal. Seguiu em frente cheia de inseguranças.

Em um dado momento ela estava bem. Tinha conhecido o amigo de uma amiga, nada demais, apenas se interessado e recebido interesse em troca, naquele momento extremamente necessário para ela. E de repente apareceu outro ele.

E ele veio na melhor hora de todas, naquele momento que não esperava nada, com aquela cara de acabada e com mal-humor de quem trabalhou o dia todo, mas mesmo assim ele gostou dela. História de novela? Talvez, mas existe e aconteceu. Um tal chiclete, olhares e conversinhas. Trocaram telefone, ela completamente descrente, ele ligou, ela tremeu, algo ali estava funcionando. Agora eles conversam , ela ainda não sabe no que vai dar, mas gosta de não saber e principalmente ama o fato de existir outro ele.

Tatiana Coêlho

PS. Os termos “repolhinho” e “repolhador” foram tirados do texto de um blog de três jornalistas divertidos (http://joselitando.blogspot.com/2005/06/os-repolhinhos.html ).

“O repolhinho é aquela pessoa que se pegou contigo algumas vezes e, coitada, caiu na besteira de gostar mais de você do que você dele (a). O problema é que você vai brincando de dar uns amassos na pessoa, evolui um pouco o nível de sacanagem, a pegação esquenta e, de repente, você se dá conta de que, apesar de estar na maior curtição descomprometida, tem um ser humano ali do outro lado, com sentimentos, emoções e coração, que está perdidamente apaixonado por você.”

“ E o repolhador. Tem o outro lado também: quando estamos por cima da carne seca, criamos “repolhinhos (as)”. Somos os regadores ou repolhadores.”

Um comentário:

Anônimo disse...

A-D-O-R-O novas histórias!!!!
Bjinhos