segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tormento???


(13 de Julho de 2008)

Que mulher nunca quis perder os famosos dois quilos? Cientes disso os centros de estética fazem excelente uso do dinheiro feminino que circula entre peelings, botox, lipos e todas essas outras especificidades do mundo da plástica.

De repente o bonito é ter seios fartos, mas ao mesmo tempo uma cintura de boneca Barbie, biologicamente quase impossível para as mulheres normais, se não fosse a ajuda da “Fada Madrinha da Cirurgia Plástica”, que surgiu munida de poderosos lasers e bisturis, à fim de realizar os desejos de suas Cinderelas neomodernas.



Outro dia escutei uma conversa entre duas amigas, no auge dos seus vinte e poucos anos e corpos invejáveis, só que belos ao meu ver, porque no discurso delas eram necessárias todas as correções que a medicina pode oferecer, coloca silicone aqui, tira gordura dali, aumenta um pouco isso. Se de fato elas fizessem tudo que queria se transformariam em Phds em pré e pós-operatório, sim porque seriam tantas cirurgias que ao fim de todas poderiam dar aulas.



Eis uma idéia, deveria existir a faculdade da estética. As disciplinas: botox 1, 2 e 3; drenagem linfática 1 e 2; metodologia do convencimento. Já que está tão moda falar em cirurgia quem sabe com conhecimento de causa as ratas de CC (centros cirúrgicos) passariam a entender o quão agressivo é uma intervenção.



Se ao invés de se equiparar as super models que ganham a vida em cima dos seus biótipos- sim porque a natureza as fez magras- as mulheres valorizassem seus pontos positivos e belos a industria cirúrgica choraria, é fato, mas elas seriam bem mais felizes e realizadas.



Mas foi colhendo material para tal texto que me deparei com um dos maiores absurdos que a medicina moderna pode oferecer, com o nome de “cirurgia da intimidade” descobri que até lá embaixo tem mulher fazendo plástica, aumentam e diminuem como se fosse massa de modelar.



E a tal redução de estômago, existe coisa mais bizarra? Concordo que em casos graves de obesidade é uma intervenção necessária, porém vale lembrar que deve ser feito com o paciente um cuidadoso trabalho físico e psicológico, conduzido por uma equipe médica competente. Mas nos últimos tempos tem sido a alternativa para aqueles que querem parar de comer e emagrecer, afinal é só um órgão vital e uma anestesia geral, que mal há nisso?



Não sou contra correções, mas sou terminantemente contra aos excessos em nome de uma estética editorial. Talvez ao invés de darmos ouvidos a àquela tia espírito de porco “Você ta gordinha hein!?”, ou ao pentelho do irmão/primo- que por sinal é um bicho criado única e exclusivamente para perturbar- devêssemos ser apenas nós: gordas, altas, peitudas, baixas, despeitadas, magras….

Tatiana Coêlho

2 comentários:

Anônimo disse...

adorei a foto e o texto. e acho um absurdo meninas jovens, que poderiam perder os dois quilinhos a mais na barriga frequentando academia, entrarem na faca como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
meninas assim deveriam é deixar a preguiça de lado e não querer tudo da maneira mais fácil e rápida.

sim, me revolto com isso.
beijocas

Anônimo disse...

Prometo que vou me lembrar de ignorar todos os seus comentários como “oi gordinha” pro resto da minha vida!
hehehehehe
Bjinhos