
(13 de Julho de 2008)
Que mulher nunca quis perder os famosos dois quilos? Cientes disso os centros de estética fazem excelente uso do dinheiro feminino que circula entre peelings, botox, lipos e todas essas outras especificidades do mundo da plástica.
De repente o bonito é ter seios fartos, mas ao mesmo tempo uma cintura de boneca Barbie, biologicamente quase impossível para as mulheres normais, se não fosse a ajuda da “Fada Madrinha da Cirurgia Plástica”, que surgiu munida de poderosos lasers e bisturis, à fim de realizar os desejos de suas Cinderelas neomodernas.
Outro dia escutei uma conversa entre duas amigas, no auge dos seus vinte e poucos anos e corpos invejáveis, só que belos ao meu ver, porque no discurso delas eram necessárias todas as correções que a medicina pode oferecer, coloca silicone aqui, tira gordura dali, aumenta um pouco isso. Se de fato elas fizessem tudo que queria se transformariam em Phds em pré e pós-operatório, sim porque seriam tantas cirurgias que ao fim de todas poderiam dar aulas.
Eis uma idéia, deveria existir a faculdade da estética. As disciplinas: botox 1, 2 e 3; drenagem linfática 1 e 2; metodologia do convencimento. Já que está tão moda falar em cirurgia quem sabe com conhecimento de causa as ratas de CC (centros cirúrgicos) passariam a entender o quão agressivo é uma intervenção.
Se ao invés de se equiparar as super models que ganham a vida em cima dos seus biótipos- sim porque a natureza as fez magras- as mulheres valorizassem seus pontos positivos e belos a industria cirúrgica choraria, é fato, mas elas seriam bem mais felizes e realizadas.
Mas foi colhendo material para tal texto que me deparei com um dos maiores absurdos que a medicina moderna pode oferecer, com o nome de “cirurgia da intimidade” descobri que até lá embaixo tem mulher fazendo plástica, aumentam e diminuem como se fosse massa de modelar.
E a tal redução de estômago, existe coisa mais bizarra? Concordo que em casos graves de obesidade é uma intervenção necessária, porém vale lembrar que deve ser feito com o paciente um cuidadoso trabalho físico e psicológico, conduzido por uma equipe médica competente. Mas nos últimos tempos tem sido a alternativa para aqueles que querem parar de comer e emagrecer, afinal é só um órgão vital e uma anestesia geral, que mal há nisso?
Não sou contra correções, mas sou terminantemente contra aos excessos em nome de uma estética editorial. Talvez ao invés de darmos ouvidos a àquela tia espírito de porco “Você ta gordinha hein!?”, ou ao pentelho do irmão/primo- que por sinal é um bicho criado única e exclusivamente para perturbar- devêssemos ser apenas nós: gordas, altas, peitudas, baixas, despeitadas, magras….
Tatiana Coêlho
2 comentários:
adorei a foto e o texto. e acho um absurdo meninas jovens, que poderiam perder os dois quilinhos a mais na barriga frequentando academia, entrarem na faca como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.
meninas assim deveriam é deixar a preguiça de lado e não querer tudo da maneira mais fácil e rápida.
sim, me revolto com isso.
beijocas
Prometo que vou me lembrar de ignorar todos os seus comentários como “oi gordinha” pro resto da minha vida!
hehehehehe
Bjinhos
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