segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

E ela achava que sabia!

(28 de Agosto de 2008)

Veio a faculdade, o curso foi passando. Ela achava que sabia muita coisa, descobriu o contrário. Foi trabalhar e mudou tudo, uma assessoria e muito aprendizado. Um dia a sorte estava ao lado dela, uma daquelas “hora e lugar certo” caiu em uma redação. Ela ficou maravilhada, até do crachá tinha orgulho. O tempo foi passando, a rotina deixou de ser divertida, os três turnos de atividades começaram a pesar.

Quando ela entrou na redação pela primeira vez sentiu como se pisasse em um mundo novo, estava ali, aonde as coisas de fato aconteciam, na terra das pessoas inteligente e cultas que produziam o que ela lia há anos. Começou a dar rostos aos nomes conhecidos. Entender editorias, fechamento, observar tudo e todos de longe. A correria, a gritaria, o stress, tudo fazia com que ela gostasse mais de estar no meio do salão cheio de computadores com placas suspensas.

Aos poucos descobriu como funcionava um jornal e seus personagens. Cidades e seus repórtes com a barra da calça molhada porque foram cobrir chuva. Esportes e os abrigos esportivos, eles devem quere se parecer com os atletas. Política e Ecônomia com ternos alinhados e ar de gente importante. Cultura e a “galera alternativa” e a Revista com suas roupas fashions.

Com algumas coisas ela nunca se acostumou. As broncas públicas para quem quisesse ouvir e ver a fazia se sentir constrangida. As brigas constantes a assustavam, entre editores e repórters, editores e editores e quando ela achava que tudo ia explodir acabava, um virava o outro também e tudo voltava ao normal.

Algumas lendas ela comprovou. Os editores têm sim cara de mau e sabem gritar. Os subeditores tem cara de bonzinhos, mas podem ser uns carrascos quando querem. Os fotógrafos são divertido, mas meninas precisam ter cuidado. Sim as pessoas fofocam e muito, de estagiário a repórter especial. Existe inveja e a competição é acirrada. Algumas não são tão inteligentes e cultas, mas outras mereceram se tornar ídolos dela.

Ela teve medo de mudar, pensou que talvez não fosse gostar. Adorou. Aprendeu muito e jamais trocaria a experiência por nada. Mas chegou a hora de estabelecer novas metas, “pedra que não rola cria limo”. Não se sabe ainda como vai ser, mais uma vez teme se arrepender, mas o tempo passou.

Tatiana Coêlho

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